sábado, 14 de março de 2015

Paulista é cenário de 'resposta antecipada' a protesto pró-impeachment

Em meio aos ânimos exaltados que polarizaram a Avenida Paulista, no coração de São Paulo, na
tarde desta sexta-feira, a moderação partiu dos céus: a chuva forte caiu tanto durante o ato convocado por centrais sindicais em defesa da Petrobras quanto durante o protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Mas, se do alto o dilúvio era o denominador comum, no asfalto as diferenças se pronunciavam. Por razões de segurança, as duas manifestações não se encontraram.
Tampouco o número de envolvidos em cada uma delas se assemelhou: segundo estimativas da Polícia Militar, a passeata dos movimentos sociais mobilizou 12 mil pessoas (os organizadores alegam ter levado 100 mil às ruas; já o Datafolha fala de 41 mil participantes), contra cerca de 60 reunidas pelos Revoltados Online, grupo que pede a saída de Dilma do poder.
Iniciado por volta das 13h, o protesto convocado por CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), UNE (União Nacional dos Estudantes) e outros movimentos sociais na principal avenida da capital paulista se concentrou em frente à sede da Petrobras.
O mote principal do ato, que também ocorreu em pelo menos outros 23 Estados e no Distrito Federal, era a "defesa" da estatal, dos "direitos dos trabalhadores", da "democracia" e da "reforma política". Entre as reivindicações, a retirada das Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras de acesso a benefícios sociais, como seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença.
Na prática, contudo, embora pontuadas nos discursos das lideranças sindicais do alto dos carros de som, as críticas às recentes medidas de ajuste fiscal perderam espaço para manifestações de apoio a Dilma e contra o impeachment, numa espécie de resposta antecipada ao protesto antigoverno previsto para o mesmo local no próximo domingo.
Cartazes, adesivos e bandeiras traziam o rosto da presidente, enquanto manifestantes entoavam mensagens de apoio à chefe do Executivo

Camilla Costa e Luis Guilherme Barrucho
Da BBC Brasil em São Paulo

Segundo estimativas da Polícia Militar, passeata dos movimentos sociais mobilizou 12 mil pessoas na Paulista (organizadores dizem ter levado 100 mil às ruas)

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