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Vincent Lambert está em coma desde 2008, quando sofreu um acidente de moto
O Tribunal Europeu dos Direitos
Humanos acatou uma decisão da Justiça francesa e permitiu que sejam
desligados os aparelhos que mantêm vivo um homem de 39 anos - em um caso
que pode ter repercussões legais em toda a Europa.
Vincent Lambert está em coma desde 2008, quando sofreu um acidente de moto que também o deixou tetraplégico.
A
família de Lambert está dividida quanto à decisão de mantê-lo vivo
artificialmente ou deixar que ele morra naturalmente sem o uso dos
aparelhos. O caso acabou sendo levado à Justiça europeia depois que a
própria Corte francesa foi favorável ao desligamento dos aparelhos.
A
eutanásia não é permitida na França, mas uma lei de 2005, chamada
Leonneti, permite que os médicos mantenham apenas cuidados paliativos
para dar uma morte natural e tranquila em alguns casos de "obstinação
terapêutica" – quando se mantém viva, artificialmente, uma pessoa que já
teria morrido pelas formas naturais.
Agora,
o tribunal europeu decidiu nesta sexta-feira que interromper a
alimentação intravenosa de Lambert não violaria as leis europeias de
direitos humanos. A decisão pode, no futuro, influenciar leis
relacionadas à eutanásia em países do continente.
Impasse
Há
sete anos, desde que sofreu o acidente, Vincent Lambert vive em estado
vegetativo e recebe nutrientes e água através de injeções na veia em um
hospital em Reims, nordeste da França.
A
mulher dele, Raquel, e alguns de seus irmãos haviam concordado com a
recomendação dos médicos de que Lambert deveria ser retirado dos
aparelhos, já que não havia esperança alguma de que um dia ele pudesse
acordar do coma e voltar a viver normalmente.
Segundo
os médicos, Lambert teria mostrado sinais de resistência ao tratamento
no ano passado, e Raquel reafirmou que seu marido "jamais quereria
continuar vivendo nesse estado".
"Não
há nenhum alívio, nenhuma alegria para expressar. Nós só queremos que a
vontade dele seja feita", disse Raquel após a decisão da Justiça
europeia.
Mas os pais – que
dizem ser devotos à religião católica – e outros irmãos dizem que
Lambert mostrou sinais de progresso e acreditam que ele só precisa de
melhores cuidados.
"Eles
estão tentando nos forçar a dizer que queremos que ele se vá, mas esse
não é o caso de maneira alguma, não queremos que acabem com a vida
dele", disse a mãe, Viviane, no início deste ano.
O
caso foi levado para a corte europeia, em Estrasburgo, depois que o
Tribunal Superior da França decidiu a favor do desligamento dos
aparelhos.
E o advogado dos
pais, Jean Paillot, chegou a dizer que eles iriam lutar caso a decisão
europeia fosse contra a vontade dos pais.
Segundo
Paillot, a decisão de desligar os aparelhos foi feita por "um médico e
só poderia ser realizada por ele, que já não é mais responsável pelos
cuidados de Lambert". O advogado ainda disse que irá buscar reverter a
decisão na Justiça francesa.
fonte:msn.com
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